quarta-feira, 4 de junho de 2008

VELA FRIA OU QUENTE?

Vela Quente ou Fria?

Influencia da umidade na regulagem do motor.

Os motores de nossos modelos são movidos a metanol (Alcool Metilico) .
O metanol e um produto de extrema inflamabilidade e sua volatilidade esta entre os mais altos combustíveis da atualidade.

Ao iniciarmos uma seção de regulagem de motor é preciso ter em mente alguns fatores que muitos pilotos nem sequer tentam entender. Vamos neste espaço colocar e dar dicas de como proceder de forma adequada a regulagem do motor .

O metanol tem como uma caracteristica química absorver umidade.

Para evitarmos isso o ideal e seguir os passos abaixo.

Em dias de muito calor e clima seco o ideal e partirmos para uma regulagem de motor com uma vela mais FRIA, pegando como exemplo uma vela Novarossi 6 (mais fria).

Porque usar uma vela 6?

Como o dia esta quente e clima seco, com uma vela mais fria o motor não queimara totalmente a mistura que esta sobre a cabeça do pistão, com isso temos uma temperatura de queima menor e consequentemente uma temperatura operacional menor, ou seja com vela mais fria você terá mais facilidade em baixar a temperatura do motor .

Em dias de alta umidade como aqueles dias típicos do inverno curitibano, o ideal e partirmos para uma vela mais QUENTE, como por exemplo uma vela Novarossi 5.

Porque usar vela quente?

Como relatado acima o metanol e altamente volátil e absorve com facilidade a umidade do ar . Em dias frios e úmidos e ao colocarmos uma vela mais quente, o motor conseguira queimar uma mistura maior de combustível gerando uma temperatura de queima maior e consequentemente queima a umidade absorvida pelo metanol.

Os motores de RCc são extremamentes sensíveis a mudanças bruscas de temperaturas ambientes, sendo necessario ficar atento a estas mudanças.

Segue breve relato de um caso que aconteceu com o motor do nosso amigo e Piloto Jonas Ferstemberg na pista da CAAR, no ultimo sábado.


Motor: Novarossi Plus 3C .

O motor apresentava alguns problemas como não segurar lenta e morrer do nada.

Ao chegar e ver o funcionamento do motor, observei que haviam algumas configurações que não estavam de acordo com o momento do dia.

O motor acabara de ser amaciado e ainda estava travando em PMS (ponto morto superior), e no meio da reta o motor apagava .

Optei então em destaxar o motor, (Aumentado a medida de arroela entre a espoleta e o pistão) e medida original vem de fabrica com 0,30, medida esta para utilizar combustível de ate 20% em nível do mar (altitude barométrica), passando entao o motor para 0,35 de arroela (não confundir com squish gap).

A vela era uma Novarossi 6, optei em colocar uma vela Novarossi 5 (mais quente).

Iniciamos o reajusta de carburação em bancada e fomos pra pista.

Ao destaxarmos o motor deixando-o com 0,35 de arroela, este passou a funcionar mais liso sem falhas e mais solto, pois se tratava de um motor novo .

Na escolha da troca de vela optei em faze-la devido a fortes nuvens e um inicio no aumento da umidade, que se iniciava na pista.

Já nas primeiras voltas o piloto Jonas faz o comentário:


“ Nossa que diferença , olhe a lenta e na resposta não ha falhas entre a baixa e a alta rotação”.

Ele andou com essa configuração ate a metade da tarde, após isso o sol voltou forte, e voltamos com a vela 6, para auxiliar a baixar a temperatura do motor.

Em resumo.....

Em dias quentes utilize vela MAIS FRIA
Em dias frios e úmidos utilize velas MAIS QUENTES.

Com motor novo eu prefiro sempre adicionar 0,05 de taxa para que o mesmo possa andar mais solto e não gerar altas temperaturas, após o processo de amaciamento que você percebe que o motor esta soltando, volta a taxa a original (ou de acordo com % de nitro x Altitude em relação nível do mar)

È isso

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